quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

POLÍTICA, POLÍTICOS E... POLITIQUICES!



            As eleições municipais cá no meu Paraná chegaram e passaram. O Greca, para purgação dos meus pecados mortais, está aí de novo, com a mesma cara, o mesmo risinho  meio torto, e as mesmas palavras de sempre.
            Seus adversários, derrotados, botaram a viola no saco e foram cantar em outra freguesia. Os eleitos, Fruet e apaniguados, alvorada de esperança para aqueles que neles votaram, ao tomarem posse de seus cargos, no executivo e no legislativo, dirão que estão com as melhores intenções, e que darão o próprio sangue, se for o caso, para honrar o mandato recebido do povão. Acredite quem quiser, ou que for trouxa...
             Os eleitores (eu, há muito tempo, não o sou mais, em protesto contra a politicalha) mal ou bem, sentem-se com a consciência tranquila pelo dever cívico cumprido. Votaram num dos candidatos apresentados. Alguns por amizade, outros por obrigação ou civismo. muitos pelas sempre benfazejas propinas.  Depois voltam para casa. Talvez não pensem mais em eleições, em votos e propinas, até as próximas eleições.
            Sei que muitos eleitores pensam que o dever ou o direito do votante é apenas votar e depois ir para casa, tomar uma cervejinha, e dormir, achando que o voto, uma vez colocado na urna ou digitado, faz terminarem as suas obrigações de cidadão consciente.
            Ledo engano, penso eu, abotoando o último botão ainda inteiro de minha ceroula samba-canção. Homem e mulher são seres políticos, pela sua própria essência de pessoa. E o ato de votar é um instrumento, uma ferramenta, para o efetivo exercício dessa sua obrigação cívica.
            Assim como homem e mulher sabem que têm consciência de que devem trabalhar para viver, devem também ter consciência de que são de certa maneira responsáveis pelo destino da Nação, do Estado, do Município.
            Devem saber que têm responsabilidade muito séria pela escolha que fizerem ao votar. Saber que eles, como cidadãos, têm a mesma responsabilidade que aquele que ajudaram a eleger-se. Responsabilidade de se reunirem com os demais eleitores da sua comunidade, fiscalizarem, discutirem o que está certo e o que está errado na atuação do eleito,
            Pessoas que pensam que os políticos eleitos fazem as coisas por favor, estão sem consciência de sua força de cidadãos. Os políticos eleitos têm obrigação de trabalhar pelo povo. É para isso que se candidataram,  foram eleitos, e são pagos com o suado dinheirinho do povo.
           Diz a Lei:
           -"Todo poder emana do Povo e será exercido em nome do Povo."
           As pessoas, as famílias, os clubes, os sindicatos, as associações esportivas, as entidades civis e religiosas, formam aquilo que se convencionou chamar de sociedade civil. Sozinhos, porém, não podem realizar o Bem Comum. Por isso é que existe uma comunidade maior, em que todos se empenham para alcançar o bem de todos. É o que chamamos de comunidade política.
           A comunidade política deve facilitar o bem-estar das pessoas, das famílias, dos vários agrupamentos sociais, tendo em vista a realização do Bem Comum. Política não é assunto só de gente grande, de ricos, de poderosos. Política é coisa muito boa e séria. O que não presta é a politiquice, a politicalha. Ao politiqueiro só interessa o "venha a nós."  Fica bancando pose e achando que é o senhor de tudo. É assim o mau político.
           Ele assume o poder, que lhe veio do povo, para perseguir os adversários, para legislar em proveito próprio, para construir uma sociedade egoísta que só favorece aos seus parentes, aos seus amigos, aos seus apaniguados. É aquilo que o povo chama de fisiologismo
           O mau político não sabe o que é Bem Comum. Pensa que é o dono do Poder.
           Voltarei ao assunto, com mais vagar.

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