quarta-feira, 7 de agosto de 2013

ABRAMOS BEM OS NOSSOS OLHOS!...



          Eu acho, meu amável e eventual leitor, que talvez algum dia a vida lhe tenha parecido fria, sem maiores e melhores perspectivas,  e eu me permito propor-lhe um conselho que tem me ajudado em crises talvez semelhantes às de muitos de meus irmãos neste nosso mundo tão cheio de surpresas e imprevistos:
         Descubra meios para rápidas escapadas, que lhe permitam encontros, mesmo de poucos segundos, com a Natureza que nos circunda. Isto fará um bem enorme tanto a Você quanto a mim, e derramará, em nosso íntimo, um pouco de paz para o resto do dia.
          Tenha os olhos para o nascer do Sol. Já reparou como não há duas madrugadas iguais?
       Por que jamais muitos de nós não encontram tempo para olhar as árvores, mesmo de passagem, mesmo de caminho?... Elas são mestras da paciência: nos oferecem sombras, frutos, acolhem em seus ramos os passarinhos e as cigarras e, infelizmente, quase sempre recebem pedradas de molecotes e, não raro, acabam sendo cortadas, transformam-se em lenha em nossos vorazes fogões. No entanto, elas nos ensinam a renascer ano por ano, com ânimo novo!?...
        Você já notou como a água é nossa amiga, nossa irmã, e está sempre disposta a ajudar-nos de mil e uma maneiras?... É tão bom um copo de água fria quando se está com sede ou no calor do verão, e tanto é verdade que o próprio Senhor Jesus chegou a prometer uma recompensa eterna a quem matar a sede do próximo. E como é bom poder banhar-se, ou lavar as mãos e refrescar os pés...
         E não é só: a água faz bem até para ser simplesmente vista: se Você por acaso for à praia, olhe o mar. Se passar perto de rios, olhe as águas que correm mansas ou então contemple, por algum instante, as lavadeiras que lavam roupas à margem, ou crianças que se molham brincando na água.
       Será que já aproveitamos algum tempo para contemplar a luz que vem do alto, do céu?.. A luz torna belas, transfigura até as coisas mais simples: um caco de vidro pode até parecer um brilhante, a nossos olhos...
       Algum dia nos lembramos do ar que nos cerca, nos protege, trabalhador anônimo que é, mas sempre imprescindível, prestativo?... Raramente pensamos nele, e no entanto sem ele, nem poderíamos viver. Só damos importância e valor ao ar, quando ele nos falta, e caímos em agonia, à procura dele...
      A terra nos suporta com paciência imensa. E nós a pisamos sem piedade, como se ela fosse nossa escrava e tivesse obrigação de carregar-nos. Rasgamos a terra para plantar sementes ou abrir estradas... Um dia, em lugar de guardar-nos rancor, ela nos receberá em seu seio e, nela, nosso corpo repousará, aguardando o dia glorioso da Ressurreição!
      Vamos abrir nossos olhos?  Descobrir o que eles contemplam. Fazer como as crianças, que chamam nossa atenção para tudo, como se fossem as primeiras a descobrir as surpresas da vida: - "Olha lá! Olha lá!"
        Abramos bem os nossos olhos. Jamais deixemos que a rotina do dia-a-dia nos atrapalhe a vista. Um segundo só, contemplando a Natureza que nos rodeia, derramará paz sobre nós o dia inteiro!

        
       



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