segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

INTERMEZZO - A FÉ DO CRISTÃO



            Estou ainda curtindo os cumprimentos de parentes e amigos,   que recebi  pela passagem de meus sofridos e vividos 81 anos de idade, no dia de ontem. Agradeço a todos quantos se lembraram deste "ancião" que, conforme diagnóstico de meu geriatra, o doutor Katter, chegará com tranquilidade além dos noventa, ainda lépido e pronto para o que der e vier...
           Feito este preâmbulo informativo, entro no meu tema de hoje, que necessita de alguns toques de Teologia...

           
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           - Se quase já não há mais Cristandade como em séculos passados, de muita Fé, em compensação há cristãos, cristãos escolhidos, conscientes, que preparam o futuro em segredo. Que os haja em todas as nossas comunidades, cristãos fervorosos e atuantes, levando uma vivência espiritual mais rigorosa que a dos nossos antecessores na Fé, é já uma esperança e uma alegria.
              -  Quanto mais no plano dos conjuntos políticos e institucionais a apostasia parece planetária, no plano das comunidades populares eclesiais a Fé se mostra viva e atuante. Graças lhe sejam dadas, porque verdadeiramente é um milagre só devido à providência de Deus.
             - A Fé será sempre um caminho a percorrer e uma conquista a realizar-se no dia-a-dia do cristão consciente de suas obrigações para com Deus, na Igreja.
             - A Fé é sobrenatural, livre e racional. É sobrenatural porque, no começo, no meio e no fim, é sempre o apelo de Deus que solicita homem e mulher, os ampara e os faz chegarem à Fé. É livre porque, sem o consentimento da vontade, nem todo o oceano da divindade conseguiria abrir as portas do nosso tabernáculo interior. Enfim, é racional, porque no começo, no meio e no fim, o ato de Fé é uma atividade eminentemente digna da inteligência humana.
            - A primeira responsabilidade de um homem e de uma mulher de Fé é fazerem dela uma parte  fundamental da vida, não a discutindo, mas a vivendo conscientemente.
            - A Fé, para ser viva, necessita de uma contínua atualização, pois somente assim  deixa de ser teoria abstrata, para se converter em experiência efetiva.
            - O homem e a mulher de Fé, como também o ateu, não habitam mundos diferentes; simplesmente habitam de maneira diferente um só e o mesmo mundo. Ambos vivem a mesma vida, só que a vivem também de modo diferente.
             - A Fé autêntica, sem veleidades passageiras, amadurece no silêncio e na oração.


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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O FIM DO MUNDO ESTÁ PRÓXIMO?



            A mídia escrita, falada e televisada, tem veiculado diariamente notícias sobre selvagerias diversas por este Brasil a fora, e ultimamente em presídios de alguns estados, o que levou muitas pessoas menos prevenidas a julgar e comentar que estamos chegando ao fim do mundo... Até em minha residência chegou esta crença por meio de uma adepta da seita das "Testemunhas de Jeová", em conversa com minha mulher.
            Com efeito, baseando-se no livro do Apocalipse (16,16), o fundador dessa seita judaizante, Charles Russel, predisse que em 1914, no desenrolar da primeira guerra mundial, explodiria uma espantosa batalha, na qual Deus  destruiria toda a humanidade pecadora da face da Terra. Com a guerra, teria também começo o fim do mundo.
            Ao chegar 1914, com efeito, explodiu a assim dita primeira guerra mundial, que trouxe grandes percalços ao mundo, mas além disso nada mais aconteceu.
            Para justificar seu fracasso, Russel alegou que Deus decidira ter um pouco mais de paciência com os pecadores, transferindo a batalha final  para 1018. Novo erro de cálculo.
            O herdeiro espiritual de Russel, Joseph Rutherford, refez os cálculos e, pela terceira vez, fixou a data fatal para 1925. Errou de novo. Por último, as "Testemunhas de Jeová" acertaram o fim do mundo para 1975. Mas o "Armagedon" não aconteceu...
            Apesar de todo esse fracasso, os profetas da desgraça continuaram com as suas predições, e agora o fim do mundo aconteceria na passagem do ano de 1999 para 2000. Novamente, erraram, dando nova chance de vida aos meus carcomidos e carunchados ossos!
            A propósito, já que estou com a mão nesta malfadada massa, peço licença para explicar aos mal informados que a palavra "Jeová" não existe na bíblia hebraica, e muito menos no vocabulário hebraico. O nome correto do Deus bíblico é "Javé", segundo os mais abalizados biblistas. A forma "Jeová" é fruto de um erro da escola bíblica dos "Massoretas", em fins do século IV de nossa era, e se tornou popular depois que os assim ditos "evangélicos" a adotaram em suas edições da Bíblia.
            Deixo aqui esta explicação, gratuitamente, em homenagem às pessoas que gostam das coisas bem corretas em todos os seus aspectos. E que a terra me seja leve, sob a firme proteção do Apóstolo Paulo, cuja festa litúrgica celebramos, os católicos, neste dia!...


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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

UMA DESCOBERTA MARAVILHOSA



            Abrindo meu primeiro texto neste ano de 2017, aproveito o ensejo para cumprimentar os corajosos leitores deste modesto blog, desejando-lhes um venturoso ano de 2017, com a realização efetiva de seus mais nobres desejos.
            Minha acendrada decisão, em todo tempo, é procurar transmitir, em rápidos termos, a descoberta maravilhosa, que detecto em todos os recantos da Terra, através da mídia escrita, falada e televisada, dentro de todas as raças, todas as línguas, todas as religiões, todas as ideologias, que há criaturas que nasceram para dedicar-se, para gastar-se ao serviço do próximo, dispostas a não medir sacrifícios para ajudar de verdade e enfim a construir um mundo mais justo e mais humano.
            Sei muito bem que se tratam de criaturas ligadas ao meio em que se acham inseridas, mas que se sentem membros da Família Humana, a ponto de encararem como irmãos e irmãs, homens e mulheres de todas as latitudes e longitudes, de todos os climas, de todos os tamanhos, de todas as cores, de todos os graus de riqueza e de miséria, de todas as diferentes manifestações de cultura...
            Tentemos juntos, eu e Você, que me dá o imenso júbilo de tê-lo como leitor, com o máximo possível de boa vontade, atingir o essencial desta minha primeira mensagem deste ano que se inicia, que só terá êxito se for acolhida como própria e traduzida nas próprias categorias  e na própria linguagem por todos e cada uma das assim ditas minorias, cuja vocação é doar-se em favor de seus irmãos...
            Sou um velhote já sentindo no corpo o peso e as debilidades de quem carrega no lombo oitenta e um anos de existência, um brasileiro nascido em Minas Gerais, "exilado" neste fabuloso Paraná, um ocidental, um latino-americano, um cristão católico, pela Graça de Deus...
             Nos textos que publico esporadicamente neste blog, não tento forçar meu pensamento, nem minha linguagem. Que cada um dos meus eventuais leitores, ao invés de irritar-se lendo a frequente alusão a Deus (se não crê em Deus), ou a Cristo (se não é cristão), peço que traduza em termos do seu próprio esquema interior, as verdades que não são criações de minha fantasia pessoal, mas realidades vividas em comum pelos que pertencemos à mesma família espiritual.
             De coração aberto, tento dizer como vejo essas minorias a que pareço pertencer, a dos "cristãos anônimos", porque me parece, mesmo assim, que temos tarefas decisivas a desempenhar para a aproximação de homens e mulheres na construção efetiva da paz em nossas comunidades através da Justiça e do Amor.
               Que o nascituro ano de 2017, apesar dos percalços por que passa o Brasil, consiga tornar efetivamente realizados todos os nossos mais acendrados desejos, pela felicidade nossa e de nossos irmãos de jornada, chegando todos, ao fim e ao termo, à comunhão de todos no acolhimento dos dons de Deus recebidos no ano que passou, e na fecunda participação de todos na consecução de uma ordem social fundamentada no amor ao próximo, sem distinção de raça, de cor, de idade, ou de condição social, já que todos nós somos irmãos em Cristo Jesus.
               Paz e Bem!

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