"Sempre gostei muito de piadas e estórias sobre Céu e Inferno" - diz o colunista da "Folha", Paulo Briguet. E eu, com licença dele, participo da mesma preferência.
Uma amiga muito querida certo dia me contou uma anedota - não sei se de sua autoria ou do já citado Briguet - que transcrevo aqui pelo preço que me custou.
Certo brasileiro foi condenado ao Inferno e, com muita má vontade, lá chegou e foi recebido pelo anfitrião, Satanás. E contra toda a sua expectativa, e para sua grande surpresa, o Inferno nada tinha daquilo que o pastor de sua igreja costumava falar em seus sermões. O fato é que o Inferno se lhe revelou como um lugar agradabilíssimo.
Belas mulheres o abraçaram à sua chegada, encontrou velhos amigos, pôde servir-se de uísque e cerveja à vontade, música dançante e outras diversões de primeira qualidade.
Após 24 horas de deliciosa farra no Inferno, o destino o levou para o Céu. Belas paisagens; corais angélicos regidos por João Sebastião Bach, um clima de paz e serenidade, para surpresa sua. Mas, azar seu, era brasileiro e, como de costume, estava de ressaca.
Ao fim do dia, envergonhado do vexame, o brasileiro confessou a São Pedro que gostou mesmo é do Inferno, e lhe pediu que o despachasse para lá. E assim foi feito.
Na sua chegada ao Inferno, foi recebido com alegria pelo Diabo em pessoa, que o levou cordialmente para as chamas, onde elas estavam mais ardentes. As belas mulheres e os muitos amigos tinham desaparecido. Não havia mais mulheres, nem amigos, nem uísque escocês. Só havia trevas e ranger de dentes, como tinha lido na sua Bíblia, quando ainda vivo.
-"Mas ontem estava tudo muito diferente!" - queixou-se ele, já meio tostado pelas chamas, ao Diabo.
- "Só que ontem nós estávamos em campanha política no Brasil. E agora já estamos em pleno mandato! - respondeu-lhe Satanás.
Aí, então, o infeliz brasileiro condenado lembrou-se que era eleitor do PT...
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