quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O DIÁLOGO DA FÉ




          Se Você e eu somos pessoas de Fé, temos de reconhecer que entre nós e Deus deve estabelecer-se um diálogo, o diálogo da Fé que se trava entre Deus e homem e mulher.
          Sendo assim, homem e mulher devem reconhecer, também, que são seres engendrados, criados, do contrário barrariam o acesso ao sobrenatural, ao diálogo com Deus.
          Homem e mulher devem sair do inferno mundano, devem confessar-se egoístas, mentirosos, numa palavra, confessar-se pecadores.
          Homem e mulher devem conjuntamente respeitar a sua razão, e não fazer dela um ídolo, como o fazem os racionalistas ateus. Devem confessar-se necessitados de um suplemento de luz. Este suplemento de luz é facilmente encontrável numa leitura e meditação diária dos Evangelhos.
           Homem e mulher devem ser fiéis à Graça que constantemente os persegue. Devem confessar a si mesmos que só a Fé realizará neles a unidade, de que tanto necessitam.
           Paternidade de Deus, salvação de Deus, luz de Deus, Graça de Deus: homem e mulher estarão no caminho de descobrir estas quatro riquezas se fizerem essa quádrupla confissão. Estas quatro riquezas encontram-se na pessoa de Jesus Cristo, de que  a Igreja é testemunho, de modo livre, racional e sobrenatural.
           A Fé é racional porque, na Igreja, o espírito encontra ao mesmo tempo as obscuridades inevitáveis e as claridades suficientes, que dão um sentido ao drama de homem e de mulher que, acreditando no testemunho da Igreja, descobrirão pela inteligência a chave do seu próprio mistério,
a solução de suas inevitáveis penumbras.
           A Fé é livre porque, na Igreja, é o amor de Deus que se oferece por inteiro ao homem e à mulher, e este amor reclama a resposta livre do amor.
           A Fé é sobrenatural porque, na Igreja, é a Graça divina que nos solicita, nos ilumina. O fato externo da santidade na Igreja, que é o "sinal erguido entre as nações", constitui para nós o testemunho de Deus, conforme a doutrina do Concílio Vaticano .
            A Igreja é Cristo comunicado no Espírito. Em última análise, o que se deve ver na Fé é o Verbo encarnado.
            A Fé é livre, racional e livre, porque não se refere a uma doutrina impessoal, ou a um código de moral, mas a uma Pessoa - Jesus Cristo - que nos chama, nos ensina e nos ama.
            A Fé é racional, porque Jesus é a Verdade. A Fé é livre, porque Jesus é o Amor encarnado
A Fé é sobrenatural, porque Jesus é Deus encarnado.
             Resumindo:
             A Fé cristã é uma penumbra luminosa, porque essa penumbra tem também outro nome, o de Deus, que nunca amou tanto ao homem e à mulher, como no dia em que quis revestir a condição humana, em Jesus Cristo Nosso Senhor!

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Aroldo Teixeira de Almeida é bacharel em Teologia Sistemática pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, de São Paulo, Capital.

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