quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

SOMOS INTÉRPRETES DA CRIAÇÃO



            Todos nós, que cremos em Deus, devemos emprestar nossa voz á Criação inteira, de modo especial, para ofertar ao Criador e Pai as primícias da Terra. Quem não se sentiria feliz ao receber a primeira rosa de uma roseira, colhida para nos ser ofertada como primícia?...
            Deus é senhor da Criação inteira, dos seres animados e inanimados, mas Ele gosta que nós, criaturas racionais, Lhe ofertemos primícias: as primeiras flores, os primeiros frutos dos animais e dos humanos...
            Há já meses que, em nossa Curitiba, os flamboyants e as acácias se desfazem em beleza. E é tão fácil oferecer ao Pai a beleza que contemplamos!... Não vale dizer que não podemos ofertar a beleza das acácias e dos flamboyants, porque nem as plantas são nossas  -  estamos só passando diante delas  -  porque tudo já é de Deus.
             A beleza de todas as flores pode ser oferecida: as plantas podem ser de quem quiser. São nossas a visão de beleza e a lembrança encantada que guardaremos para sempre... E Deus é como os nossos pais que, na véspera de nosso aniversário nos dão um dinheirinho para que nós próprios compremos o presentinho que mais nos agrada...
             Também o pai que é pai, mãe que é mãe, aceitam, encantados, qualquer lembrança trazida a eles pelos filhos, por mais pobre e simples que seja...
             E eu lhe digo, benévolo leitor deste meu pobre blog: solte-se no meio da Natureza criada por Deus e use a imaginação:
             Por que não oferecer a Deus tudo o que vamos vendo, contemplando com os próprios olhos maravilhados, ou com a ajuda da imaginação criadora?...
             As primeiras goiabas, os primeiros cajus, as primeiras mangas, as primeiras frutas do pomar, ou até mesmo aquelas que encontramos à beira dos caminhos?
            A imaginação nos pode levar ao fundo do mar: por que não oferecer ao Pai os peixes todos, de tamanhos, feitios e cores tão variados, com maneiras de nadar e mergulhar que lembram os nossos balés clássicos?..
            A imaginação pode levar-nos até aos mais altos picos das montanhas... De lá podemos colher os primeiros raios de luz, ainda não tocados, não poluídos, tais como brotaram do poder criador de Deus...
            A imaginação pode levar-nos aos mais longínquos horizontes  -  não adianta provarem que é ilusão imaginar que terra e céu, e céu e mar se tocam. Não é por acaso que o Criador nos permite esta impressão tão bela. Portanto, ofereçamos a Deus a beleza dos horizontes largos, espraiados, imagem tão próxima do infinito...
            E por que não ter a simplicidade e a confiança de oferecer o sorvete gostoso que estamos sorvendo neste calorão de Curitiba?... Por que não  ter a simplicidade e a confiança de oferecer a beleza das vitrinas, arrumadas com tão grande bom gosto e iluminadas com tanta inteligência nas  grandes lojas da XV de Novembro?..
            Vamos todos acordar, todos nós que somos intérpretes da Criação e cantores das belezas criadas por Deus!...
            Quanta maravilha há neste mundo, esperando para ser, de desejo, de coração, tomada em nossas mãos e apresentada, com amor e gratidão, ao nosso Senhor e Pai!?...

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Aroldo Teixeira de Almeida é professor aposentado do Quadro Próprio do Magistério Paranaense, e
bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, da Capital dos paulistanos.

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