Minha filha Raquel, que te partiste
tão cedo desta vida, descontente,
repousa lá no Céu, eternamente,
e fique eu cá na Terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, aonde subiste,
lembrança desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que em meus olhos de pai tu sempre viste.
E se vires que pode merecer-te
alguma coisa a dor, que me ficou
da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
que tão logo daqui me leve a ver-te,
quão cedo de meus olhos te levou!
********************************************************
Faz hoje cinco anos e sete meses que minha inesquecível filha Raquel partiu definitivamente para a Casa do Pai de todos os pais.
Se ainda estivesse viva, faria hoje 50 anos de idade.
Infelizmente, não podemos festejar seu aniversário natalício, mas apenas chorar, sua filha Isabela, sua mãe Cida, seus irmãos Carlos e Aroldo Júnior,e eu, seu pai que, chorando, escreve este texto.
Todos nós, desconsolados, choramos a sua ausência física dentre nós.
A morte inexorável a levou, enquanto sua pequena família, que ainda peregrina pelos caminhos deste mundo, o melhor que pode fazer é rogar a Deus para que Ele a tenha na Sua paz.
Todos nós, desconsolados, choramos a sua ausência física dentre nós.
A morte inexorável a levou, enquanto sua pequena família, que ainda peregrina pelos caminhos deste mundo, o melhor que pode fazer é rogar a Deus para que Ele a tenha na Sua paz.
Ela separou-se fisicamente de nós, mas passou a viver mais intensamente do que nunca com sua filha Isabela, com seus irmãos e com seus chorosos pais, após seu falecimento ocorrido em 21 de agosto de 2010, em hospital de São José dos Pinhais, Paraná, vitimada por insidioso câncer.
Numa união misteriosa e singular no Espírito Santo, comunicada às coisas que deixou e aos acontecimentos do dia-a-dia em que viveu conosco por tão curto tempo, a verdade dolorosa é que ela partiu para a Casa do Pai de todos os pais e mães, na Eternidade, mas continua a viver conosco pela dor sem remédio da saudade.
Sua morte faz com que a reavivamos nos objetos em que tocou, nas roupas que deixou, na lembrança das palavras que com ela trocávamos, nos fatos alegres ou tristes que juntos vivemos, e agora até mesmo nos fatos que se seguiram à sua partida, e que nós lhe comunicamos diariamente nos momentos da prece, e com ela conversamos como se estivesse ainda viva em nosso lar.
A morte, destino de todos os agora ainda viventes, a levou, mas a devolveu de novo a nós, banhada pela luz da Eternidade e pela gloriosa certeza de sua ressurreição NA morte, que é a Fé que anima seus pais, sua filha e irmãos, e que lhes permite cultuarem a sua imorredoura memória.
Continuando ainda viva entre nós por essa humilde, invisível e misteriosa presença de cada dia, de cada hora, de cada momento, com que banhamos de esperança a nossa saudade, como também a grande alegria da certeza de que ela, na Casa do Pai, na Eternidade, passou a velar por nós, agora, na plenitude de sua vida com Deus.
Neste certeza, nós a temos sempre a nosso lado, em nossa vida de cada dia, velando por sua filha Isabela, por seus irmãos, por seus já idosos pais.
Presença permanente nos trabalhos do dia-a-dia, no silêncio e na solidão das noites quase sempre indormidas, enxugando-nos as lágrimas da saudade imorredoura!
Descanse em paz junto de Deus Pai, minha filha, junto de Nosso Senhor Jesus Cristo, junto de Maria Santíssima, a quem Você amava acima de tudo, em sua curta mas frutuosa vida!
*****************************
Nenhum comentário:
Postar um comentário