No dia 21 de agosto de 2010, uma hora da madrugada, no Hospital Erasto Gaertner, entregava sua alma ao Pai de todos os pais minha querida e inesquecível filha Raquel, vitimada por insidioso câncer de mama.
Que Deus a tenha na Sua paz!
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Minha filha Raquel, que te partiste
tão cedo desta vida, descontente,
repousa lá no Céu, eternamente,
e viva eu cá na Terra, sempre triste.
Se lá no assento etéreo aonde subiste
lembrança desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que em meus olhos de pai tu sempre viste.
E se vires que pode merecer-te
alguma coisa, a dor que me ficou
da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
que tão logo daqui me leve a ver-te,
quão cedo de meus olhos te levou!
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A Raquel separou-se, fisicamente, de nós, mas passou a viver mais intensamente do que nunca com sua filha adolescente Isabela, com seus irmãos Carlos e Aroldo Júnior, e com seus chorosos pais, após seu falecimento em 21 de agosto de 2010, em hospital de São José dos Pinhais, vitimada por insidioso câncer.
Numa união misteriosa e singular, no Espírito Santo, comunicada às coisas que deixou e aos acontecimentos do dia-a-dia em que viveu conosco por esse tão curto tempo, a verdade é que ela partiu para a eternidade, mas continua a viver conosco pela dor sem remédio da saudade.
Sua morte fez com que a revivamos nos objetos em que tocou, nas vestes que deixou e que nós conservamos com carinho; na lembrança das palavras que com ela trocávamos, nos fatos alegres ou tristes que juntos vivemos, e agora até mesmo nos fatos que se seguiram à sua partida, e que nós lhe comunicamos diariamente na prece, e com ela conversamos como se estivesse ainda viva em nosso hoje solitário lar.
A morte, destino de todos os agora ainda viventes, a levou, mas a devolveu de novo a nós, banhada pela luz da eternidade com Deus e pela gloriosa certeza de sua ressurreição NA morte, que é a Fé que anima e conforta seus pais, e que os mantém ainda vivos para cultuarem sua memória.
Continuando viva entre nós, por essa humilde, invisível e misteriosa presença de cada dia, de cada hora, de cada momento, com que impregnamos de esperança a nossa saudade, como também a grande alegria da certeza de que ela, na Casa do Pai de todos os pais, passou a velar por nós, agora na plenitude de sua vida com Deus e os santos do Céu.
Nesta certeza, nós a temos sempre a nosso lado, em nossa vida de cada dia, velando por sua filha Isabela, por seus irmãos, por seus chorosos pais.
Presença permanente nos trabalhos do dia-a-dia, no silêncio e na solidão das noites, enxugando-nos as lágrimas da saudade imorredoura.
Se a sua ausência física entre nós enche-nos de uma angustiosa e pungente tristeza, paradoxalmente, pela sua vida plenamente vivida na família e no trabalho, pela sua Caridade ardente por todos que a rodeavam, a certeza inabalável de que ela descansa hoje no Reino de Deus, tudo isto nos enche também de uma radiosa e prazerosa alegria, compensando a dor da separação.
Se a sua ausência física entre nós enche-nos de uma angustiosa e pungente tristeza, paradoxalmente, pela sua vida plenamente vivida na família e no trabalho, pela sua Caridade ardente por todos que a rodeavam, a certeza inabalável de que ela descansa hoje no Reino de Deus, tudo isto nos enche também de uma radiosa e prazerosa alegria, compensando a dor da separação.
Eu esperei a morte como se espera o Bem Amado
ignorava quando ela viria
nem como viria
mas eu a esperava
e não havia medo nessa expectativa
havia somente ânsia e curiosidade
porque a morte do Cristão é bela
porque a morte do Cristão é uma porta
que se abre para lugares desconhecidos
mas imaginados
como o Amor
que nos leva para um outro mundo
como o Amor
que nos promete uma outra vida
diferente da nossa
Eu esperei a morte como se espera o Bem Amado
porque eu sei que em breve ela viria
e me receberia
em seus braços amigos
Seus lábios frios tocarão minha face
e sob a sua carícia
eu adormeceria o sono da Eternidade
como nos braços do Bem Amado
Sei que este sono
será um ressurgimento
porque sei que a morte é Ressurreição
é Libertação
é Comunhão total
com o Amor Total
com o Amor Total e Infinito
do Pai de todas as vida
Quero ir para o Último Andar
no Último Andar é mais bonito
do Último Andar se vê o mar
é lá que eu quero morar
Sei que o Último Andar é muito longe
custa-me muito a chegar
mas é lá que eu quero morar
Todo o Céu fica a noite inteira
sobre o Último Andar
é lá que eu quero morar
Quando faz lua cheia
no terraço fica todo o luar
é lá que eu quero morar
As andorinhas lá se escondem
prá ninguém as maltratar
No Último Andar
de lá se avista o mundo inteiro
tudo parece perto, no ar
É lá que eu quero morar
Teu pai
***************************************
Curitiba, 21 de agosto de 2015
Saudades de tua filha Isabela
Saudades de tua mãe Cida
Saudades de teus irmãos Carlos e Júnior
Saudades de todos nós
Descansa na Paz do Senhor
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ignorava quando ela viria
nem como viria
mas eu a esperava
e não havia medo nessa expectativa
havia somente ânsia e curiosidade
porque a morte do Cristão é bela
porque a morte do Cristão é uma porta
que se abre para lugares desconhecidos
mas imaginados
como o Amor
que nos leva para um outro mundo
como o Amor
que nos promete uma outra vida
diferente da nossa
Eu esperei a morte como se espera o Bem Amado
porque eu sei que em breve ela viria
e me receberia
em seus braços amigos
Seus lábios frios tocarão minha face
e sob a sua carícia
eu adormeceria o sono da Eternidade
como nos braços do Bem Amado
Sei que este sono
será um ressurgimento
porque sei que a morte é Ressurreição
é Libertação
é Comunhão total
com o Amor Total
com o Amor Total e Infinito
do Pai de todas as vida
Quero ir para o Último Andar
no Último Andar é mais bonito
do Último Andar se vê o mar
é lá que eu quero morar
Sei que o Último Andar é muito longe
custa-me muito a chegar
mas é lá que eu quero morar
Todo o Céu fica a noite inteira
sobre o Último Andar
é lá que eu quero morar
Quando faz lua cheia
no terraço fica todo o luar
é lá que eu quero morar
As andorinhas lá se escondem
prá ninguém as maltratar
No Último Andar
de lá se avista o mundo inteiro
tudo parece perto, no ar
É lá que eu quero morar
Teu pai
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Curitiba, 21 de agosto de 2015
Saudades de tua filha Isabela
Saudades de tua mãe Cida
Saudades de teus irmãos Carlos e Júnior
Saudades de todos nós
Descansa na Paz do Senhor
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