Neste "domingo de ramos" - porta de entrada para as solenes ações litúrgicas da Semana Santa - é bom fazermos uma ligeira meditação sobre a Fé, dom de Deus que nos sustenta nos caminhos de nossa vida. Antes, uma constatação:
Se quase não há mais Cristandade como em séculos passados, em compensação há Cristãos. Cristãos escolhidos, conscientes, que preparam o futuro em segredo.
Que os haja em todas as nossas comunidades, cristãos fervorosos e atuantes, levando uma vida espiritual mais rigorosa que muitos de nossos antecessores na Fé, já é uma esperança e uma alegria,
Quanto mais no plano dos conjuntos políticos e institucionais a apostasia é planetária, no plano das comunidades populares, como nas comunidades eclesiais de base, a Fé se mostra viva e atuante. Graças sejam dadas a Deus por elas. Porque verdadeiramente é um milagre, o milagre da Fé.
A Fé é sempre um caminho a percorrer e uma conquista a realizar-se no dia-a-dia do Cristão.
Um pouco de Teologia : a Fé é "sobrenatural", é "livre", é "racional".
É sobrenatural porque, no começo, no meio e no fim, é sempre o apelo de Deus que solicita homem e mulher, os ampara e os faz chegarem à Fé, precioso dom de Deus.
É livre porque, sem o consentimento da vontade, nem todo o oceano da Divindade conseguiria abrir as portas de meu tabernáculo interior.
É racional porque, no começo, no meio e no fim, o ato de Fé é uma atividade eminentemente digna da inteligência humana.
A primeira responsabilidade de um homem e de uma mulher de Fé é fazerem de sua Fé uma parte importantíssima da vida, não para discuti-la, mas para vivê-la.
Para ser viva, a Fé necessita de uma contínua atualização, pois somente assim ela deixa de ser teoria abstrata, para se converter em experiência efetiva de vida.
O homem e a mulher de Fé, como também o ateu ou a atéia, não habitam mundos diferentes; simplesmente habitam de maneira diferente um só e o mesmo mundo. Ambos vivem a mesma vida, só que a vivem em patamares diferentes.
E mais:
A Fé amadurece no silêncio e na oração.
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Um pouco de Rainer Maria Rilke, o poeta francês de minha predileção, que estou lendo atualmente:
C`ÉTAIT LE JOUR...
C´était le jour des chrysanthemes blancs
- et j'avais presque peur de sa splendeur pesante - Alors tu vins prendre mon coeur, tu vins à moi
en pleine nuit.
J'avais très peur, mais tu vins, chère et tendre,
- dans mon rêve, un instant, j'avais pensé à toi -
Tu vins, et doucement, comme un air de légende,
tinta la nuit...
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Um pouco de Rainer Maria Rilke, o poeta francês de minha predileção, que estou lendo atualmente:
C`ÉTAIT LE JOUR...
C´était le jour des chrysanthemes blancs
- et j'avais presque peur de sa splendeur pesante - Alors tu vins prendre mon coeur, tu vins à moi
en pleine nuit.
J'avais très peur, mais tu vins, chère et tendre,
- dans mon rêve, un instant, j'avais pensé à toi -
Tu vins, et doucement, comme un air de légende,
tinta la nuit...
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Aroldo Teixeira de Almeida é bacharel em Teologia Dogmática pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, da Capital paulista.
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