domingo, 7 de julho de 2013

CORAÇÕES AO ALTO



          Eu sou católico, apostólico romano, segundo o clichê em voga. Mas não sou fanático, como diz o vocabulário antireligioso na mídia. Faço questão de não perder a Missa nos domingos e dias festivos, conforme o calendário litúrgico vigente no Brasil.
          Vou à Missa todos os domingos e dias assim ditos santificados e, das várias partes da Missa, gosto muito daquele apelo sugestivo: - "Corações ao alto", na introdução do *Prefácio". Palavra agradável de ouvir. E eu lhe pergunto: Você já experimentou ajudar corações a elevar-se até Deus?
           A experiência me diz que há corações cheios de travo, de revolta, de ódio. Ora, tudo isto pesa terrivelmente na vida de quem quer que seja. Como pesa a inveja! Como pesam o orgulho, a soberba e a vaidade...
          Pesa também, e terrivelmente, o coração que perdeu a razão de bater, de pulsar. Dependendo de seu dono, ele já teria parado há bastante tempo...
         Nem sempre o problema é o peso da vida, como se diz comumente.
         O coração avaro se afoga nos cuidados com a profissão, nos cuidados com o dinheiro, com lucros sempre maiores a obter, que economias a realizar, que um terrível emaranhado prende o cidadão a tal ponto de lhe ser impossível arrancar-se para o alto.
         Há corações de pessoas que sobem a dois, ajudando-se e estimulando-se mutuamente...
         Há corações tão vazios, tão sem amor, que flutuam como penas jogadas ao vento: não chegam a subir, porque qualquer sopro os arrasta para longe...
         Você já viu uma esponja, que de tanto apagar um quadro negro na escola (fui professor durante trinta anos) que, de tanto apagar um quadro negro cheio de giz, fica impressionantemente seca?... Há corações assim, me diz a experiência de vida...
         Há corações que viraram uma pedra de gelo; outros, simplesmente uma pedra; outros que se tornaram metálicos, de tanto se preocuparem e lidarem com dinheiro...
         Nossos corações se elevam para o alto facilmente? E os corações em volta de nós?...
         O importante, me parece, é saber como dar asas aos corações, ajudando-os a elevar-se, com mais facilidade e rapidez.
         A oração de todo dia, a prece de manhã, de tarde e de noite, vinda de dentro da alma, alivia o coração, torna-o alado como um pássaro...
        Gestos positivos de autêntico amor ao próximo, feitos como o  Evangelho nos ensina, -  sem que ninguém saiba, nem a mão esquerda o que faz a direita - tornam o coração um pássaro de asas velozes e firmes.
        Corações ao alto! Cada vez que dissermos ou escutarmos estas palavras, lembremo-nos dos que andam de corações na fossa, sem ânimo, sem esperanças, sem razão de viver.
        Corações ao alto! Que esta expressão seja, em nossos lábios, uma prece para que todos os corações de todas as criaturas humanas se ergam, se elevem para Deus, nosso Criador e Pai de todos os pais1
              
      

    
        

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