sexta-feira, 18 de outubro de 2013

DEUS, O PAI NOSSO E DE TODOS OS PAIS


         Creio que é preciso alimentar a mística do nosso Pai! Claro que não se trata de levar cada um a esquecer seu próprio pai. Trata-se na verdade de ajudar a que se viva a realidade do pai, riquíssima de consequências, de que todos nós temos o mesmo Pai. Ao lado de meu pai, o nosso Pai!
            Cristo Jesus nos ensinou a apresentar nosso Pai como o mais amável, e largo, e generoso dos Pais.
        Ele não gosta de modo algum de quem dá esmola para se exibir. Ele gosta quando nem a mão esquerda sabe das coisas boas feitas pela mão direita. Está lá nos Evangelhos, que é necessário ler e meditar todo dia. Além de colocá-lo em prática no dia-a-dia.
           Nosso Pai não gosta muito de farisaísmo:
         - em lugar de pessoas que entram  Igreja-a-dentro, querendo ser vistas e louvadas e que, na hora da prece, mais se louvam e se exibem do que pensam e falam com Deus.
         Nosso Pai prefere pessoas que se trancam no quarto e rezam a Ele que vê as coisas e intenções escondidas, não perde uma palavra, um gesto de oração sincera e humilde.
          Nosso Pai está longe de ser um Fiscal, de lápis na mão, farejando falhas humanas para anotar... 
       Ele é o Pai que fica de olho na estrada, na certeza de que o filho pródigo há de retornar ao lar; e quando o Filho tenta dizer, como nos ensinou, que não é mais digno de ser chamado Filho,  que vinha para ser um empregado na Casa do Pai, - pois nenhum empregado da Casa paterna sofria o que ele estava sofrendo, - o Pai nem deixa que ele acabe: manda abrir e iluminar a casa, improvisa uma festa, chamando músicos, porque há mais alegria no Céu por um pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que perseveram. 
        Meu eventual leitor: o Mundo mudaria completamente se cada um de nós se tornasse um pouco menos injusto, e se o Pai Nosso em nossos lábios não fosse uma oração mecânica, dita só com os lábios, mas fosse uma oração sentida, vinda do nosso íntimo, fosse prece tão sincera que atingisse o Pai que se acha no Céu e dentro de nossa alma.
      Gostaria que psicólogos, educadores, pregadores principalmente, me ajudassem a descobrir as maneiras mais eficientes de gravar para sempre, no espírito das crianças, que o Pai do Céu é nosso, e não apenas meu, e que o Pão que pedimos a Ele não é só meu pão ou pão nosso, no sentido da pequena Família na qual Deus me fez nascer: - pão nosso no sentido da outra nossa ampla Família Humana, da qual ninguém fica fora. Família que abraça todas as criaturas, de todas as raças, de todos os lugares, de todas as Religiões!


     

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