quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O MISTÉRIO DAS MÃOS



          Você alguma vez já fez uma pausa no seu dia-dia para pensar no mistério das mãos?...
           Elas se prestam a mil gestos e ações, e prouvera a Deus que todos esses gestos e ações sejam altamente construtivos, grandes e belos.
           Mãos postas, acompanhando preces ao Pai de todos os pais: e eu penso, de modo especial, em mãozinhas de crianças, que a jovem mão junta uma à outra, enquanto o filhinho ou a filhinha aprendem a rezar. Penso também, lembrando-me de minha velha mãe há tempos falecida, que estava sempre com as mãos postas, apesar de trêmulas pela idade, a rezar pelos filhos ausentes, perdidos pelos caminhos do mundo...
           Mãos de cirurgiões, que salvam vidas, não raro com extrema habilidade... Basta lembrar a perícia com que cirurgiões manejam cérebros e corações...
           Mãos calosas de trabalhadores braçais, quase sempre tão mal remuneradas.
          Mãos ágeis de datilógrafas nos meus tempos que já lá vão, e hoje mãos afinadíssimas de ágeis secretárias no manuseio de complicados computadores.
          Mãos de músicos - oh que saudades das tardes de retretas num coreto perto de minha casa nas noites de sábado e de domingo - que transportavam a mim e aos meus para além do espaço e do tempo, na pequenina cidade de Caldas, interior de Minas Gerais...
          Mãos que semeiam: sementes que serão alimento e sementes de Amor, de Esperança e de Paz.
          Mãos de pintores e de escritores, que fazem tudo para não trair os sonhos de beleza que estavam no pensamento e no coração do artista.
          Mãos de linotipistas que compõem o jornal com uma síntese do dia que estamos vivendo. Mãos de técnicos de rádio, de televisão e de cinema, que nos permitem viver, na hora, os grandes acontecimentos de qualquer parte deste nosso vasto mundo.
          Mãos que acariciam: mãos de mães, mãos de namorados, mãos de esposos...
          Seria facílimo continuar. Mas acho que é importante lembrar que as nossas mãos, capazes de tantas grandezas e tanta beleza sabem, também, distribuir desolação e morte.
          Observe ao seu redor, e verá mãos que se fecham, egoístas e avaras. Há mãos de terroristas, em várias partes do mundo, que chegam ao extremo de incendiar cidades, de arrasar, de ferir, de matar, de decapitar, como a televisão não se cansa de nos mostrar.
          Há mãos preguiçosas, especialistas em jogar em cima dos outros o trabalho que a elas mesmas lhes cabia fazer...
          Há mãos que roubam de ricos e até de pobres. E, muito triste, há mãos que sequestram pessoas, que as mantêm em cárcere, para exigências de dinheiro em resgate...
          Há mãos que metralham, jogam bombas arrasadoras, que queimam criaturas vivas, e ainda aquelas bombas em mãos das grandes potências mundiais, capazes de exterminar totalmente a vida sobre a nossa Terra.
          Ó Cristo, em Tua Encarnação, em Tua Vida Mortal, usaste Tuas Mãos de modo admirável! Dizem-nos os Evangelhos que Elas passaram fazendo o Bem!
           Que nossas mãos, à imitação das Tuas, sejam semeadoras de Tranquilidade, de Esperança, de Amor e de Paz!

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