terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
MÁGICOS DO MUNDO INTEIRO, UNI-VOS!
Quem de nós nunca foi a um circo? Eu confesso: desde criança fui sempre vidrado em palhaços, em mágicos, saltimbancos, malabaristas, e toda a parafernália que o circo nos oferece.
E os mágicos? Fico literalmente de boca aberta, até hoje, aos setenta e nove anos de idade, quando tenho a oportunidade de ir a um circo aqui no bairro; viro criança, olhos escancarados, quando vejo um mágico fazendo as suas travessuras, transformando flores em passarinhos, fazendo cair flores do céu, ou dando misteriosamente sumiço a uma de suas ajudantes...
Gosto de ver mágicos no palco, chamando pessoas como testemunhas, como fiscais, pedirem a cinco, dez ou quinze pessoas, objetos de valor - anéis, relógios, dinheiro, -- fazendo tudo sumir, enquanto passarinhos voam sobre os espectadores, e cada dono descobre nas próprias mãos o objeto que cedera para desaparecer e aparecer de novo...
Ainda me lembro de um mágico que começou o espetáculo pedindo desculpas por ter começado seu número com uma hora de atraso... Alguém do auditório, certamente combinado com ele, protestou contra a demora com que ele chegara. Pois o mágico puxou um bruta relógio e provou, para quem quisesse ver, que não eram nove da noite como o público pensava, mas oito da noite... Pediu que cada um conferisse o próprio relógio, e não é que todos os relógios da platéia transbordante de gente mencionavam vinte horas - oito da noite?
E Você, meu benévolo leitor, gasta também de mágicos? Diga-me, qual foi a mágica mais impressionante e, ao mesmo tempo, mais bela, de que se lembra?...
Pois é, dá-me agora a honra de ler estes meus versos:
Mágicos do mundo inteiro, uni-vos!
Não vos contenteis
em fazer desaparecer moedas ou relógios,
transformando-os em pássaros
que sobrevoam a platéia
Não vos basta
fazer o auditório inteiro descobrir
nos próprios relógios
a hora
que bem quiserdes...
Não menosprezo
os prodígios
com que assombrais a criançada
e impressionando até gente grande
E eu vos pergunto:
Por que não fazeis
com que os canhões
lá no Oriente Médio ou na Criméia
deixem de dilacerar inocentes
e passem a disparar rosas
fazendo que suas bombas
se desfaçam em flores?!
Neste tempo em que o terrorismo desalmado anda querendo incendiar o mundo, façamos um apelo a nosso Deus, nós que somos crentes, sabendo que Ele ama a Paz. Ele quer a Paz. Ele que é a Paz. Digamos-lhe de todo coração:
Pai de todos os pais:
Sei que Tu respeitas demais a liberdade humana. Mas, até quando irás permitir que uma minoria de desalmados terroristas esmague criaturas inocentes em várias partes deste nosso mundo? Até quando irás permitir que os gastos com artefatos de guerra devorem recursos que seriam mais que o necessário para assegurar, a todas as criaturas da Terra, uma melhor condição de vida?
Até quando permitirás que nações inteiras continuem com o absurdo de se prepararem para a guerra que, todos sabemos, poderá tranquilamente suprimir a vida humana de grande parte da Terra?
Será que os pais deixam crianças brincar com fogo, manusear navalhas cortantes, afagar cobra venenosa?
Tu que podes tudo, Senhor, bota bom senso na cabeça dos homens que governam a Terra!
Salva a Paz! Destrói as armas que matam inocentes, desarma os foguetes teleguiados, retira do ar as aeronaves carregadas com bombas estratégicas, pacifica os chefes das nações!
Salva a Humanidade, Senhor, Tu que és a Paz!
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Aroldo Teixeira de Almeida é professor aposentado do Quadro Próprio do Magistério Paranaense. Neste tempo em que os professores do Paraná estão mobilizados e em constante vigília para a defesa de seus direitos, nem sempre respeitados pelos oligarcas do momento, que chegue até eles o meu apoio à sua luta por melhores condições de vida e de trabalho
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