sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A ANGÚSTIA DO HOMEM MODERNO



                   Pausa para ligeira meditação:

            - "A Igreja sabe perfeitamente que sua mensagem concorda com as aspirações mais íntimas do coração humano, quando reivindica a dignidade de homem e de mulher, restituindo a esperança àqueles que já desesperam de seu destino mais alto.
             A sua mensagem, longe de diminuir o homem e a mulher, derrama luz, vida e liberdade para o seu progresso. Nada além disto pode satisfazer o coração humano: - Fizestes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração permanece inquieto, enquanto em Vós não descansar".

                                              *****************************

            Bloqueados pela soma das invenções técnicas e, pode-se dizer, por suas próprias criações, o homem e a mulher de hoje, apesar das brechas que lhes consintam entrever perspectivas promissoras de realização grandiosa, encontram-se eles emaranhados em problemática aguda, cuja solução se coloca em termos de sobrevivência ou não-sobrevivência.                                                                                   Homem e mulher de hoje, ambos tragicamente em crise, apelam por uma "saída honrosa", que não lhes manche a dignidade de seres livres e responsáveis. Forças inusitadas lhes pressionam a exigência de soluções rápidas, supercerebralizadas, para esquemas montados por eles mesmos.
            Homem e mulher modernos se criaram problemas e perigos que clamam por riscos imprevistos e imprevisíveis. E essa situação se faz tanto mais angustiante, quanto mais precisa se torna a realidade de terem eles lançado à fogueira todos os sistemas de segurança que o passado lhes legou.
            Hoje, o homem e a mulher se tornaram seres praticamente nus: despojados de confiança, porque saborearam os frutos da árvore da ciência. No Antigo Testamento, leio que Israel se agarrara ao rochedo de salvações; os cristãos da Nova Aliança puseram esperanças na Cruz.
            E ao homem e à mulher deste século, o que lhes resta? Que Fé, que Esperança, que Salvação? Em que máquina ou em que supermáquina há de se dissolver a angústia que lhes corrói a existência?
            É preciso encontrar para eles uma mensagem de Esperança, de Fé e de Alegria, enquanto se preocupam com o amanhã da Humanidade Total, como escreveu em seu livro "A Angústia do Homem Moderno",  o perito do Concílio Vaticano II e um dos autores do documento conciliar "Gaudium et Spes",  o teólogo belga Charles Moeller.      

                                                *****************************

Nenhum comentário:

Postar um comentário