Diante da morte de minha filha Raquel, de câncer, aos 43 anos, e de meu filho Júlio, também com 43 anos, por suicídio, esta é a oração que faço três vezes ao dia, todos os dias da semana:
- Por que, meu Deus, por que?
E, no entanto, Deus permanece mudo, não me dá uma resposta!...
Um sacerdote, tentando consolar-me, disse-me que Deus também perdeu um filho, e de modo
terrível, na cruz.
A explicação não me convenceu, porque não há medida possível entre Jesus, Deus encarnado numa pessoa humana, e um pobre vivente entregue à sua própria sorte, contingente, finito e, por isso mesmo, tendo como destino final de sua vida na terra, a morte inexorável!...
Mas a minha interrogação não cessa, invocando até mesmo a palavra da Bíblia Sagrada:-
- Deus, ó Deus, por que me abandonaste?
...e Deus não disse absolutamente nada!
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