"...Fico sem jeito
quando, muitas vezes,
me surpreendo
olhando as pupilas
de quem me fala...
A culpa é de quem disse
que nos guardará
como a pupila de Seus olhos!..."
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É claro que Você sabe, como todos nós sabemos, que pupila é a menina dos olhos. A Bíblia Sagrada, como acabo de ler nesta manhã fria de Curitiba, nos garante que Deus nos guarda e nos guardará sempre como à menina de Seus olhos. Daí, veio meu gosto de olhar as pupilas...
Você já reparou também que, em momentos de perigo, instintivamente, protegemos o rosto e a cabeça, e especialmente os olhos? E é nessas ocasiões que me lembro do versículo bíblico: Deus nos guarda e nos guardará como a pupila de Seus olhos!...
Não gosto muito de quem, na hora da conversa, evita fitar-me nos olhos... De quem é incapaz de olhar meus olhos. Parece que está negaceando alguma maldade...
O espírito, que reside em mim, que mora em minha alma, anima e vivifica meu corpo inteiro, mas se reflete também, de modo especial, em meu olhar...
E daí, como deixar de comover-me com a certeza de que Deus me guarda e me guardará como à menina de Seus olhos?!...
Está lá na minha Bíblia: - "Se teu olhar for puro, todo o teu corpo será luminoso."
É belo, é delicioso o meu olhar contemplar e confirmar-me a transparência do olhar das crianças! É um encanto contemplar o olhar de um ou de uma apaixonada, que vive o seu primeiro amor!... E Deus me guarda e me guardará como a pupila de Seus olhos divinos!...
A pupila marca, de modo fino e discreto, a cor dos meus olhos, que eu não sei muito bem de que cor eles são. Em todo caso, há olhos negros, azuis, castanhos, verdes... E como é bom pensar que Deus nos guarda e nos guardará como à pupila de Seus olhos!. No olhar, seja o meu, seja o seu, se reflete, imediatamente, o sentimento que nos domina... Olhando nos olhos, logo descubro, como que por instinto natural, se nos olhos que me fitam estão abrasados de amor, queimando de ódio, se estão friamente egoístas, se estão fingindo, mentindo... E Deus me guarda e me guardará como à menina de Seus olhos...
Nosso povo, na sua sabedoria secular, sabe e sente a força do olhar... Fala-se muito em "mau
olhado..." Há olhos penetrantes, que parecem me ver por dentro... Há olhos profundos... E não me
esqueço de que Deus me guarda e me guardará como à pupila de Seus olhos...
Se eu tivesse mais experiência de vida e perspicácia, seria fácil descobrir, no olhar de quem me fala, se o tal está fingindo, despistando, mentindo...
Guardado, portanto, de maneira tão profunda e carinhosa, pelo meu próprio Deus, que teria eu a temer? Como não me sentir seguro, tranquilo no meu dia-a-dia, por maiores que sejam os perigos, por mais terrível que estale a tempestade?...
Peço que me perdoe a repetição cansativa e monótona: meu desejo é gravar para sempre em minha memória, e na sua, se me der licença, esta máxima, que me acompanha sempre:
- "Deus me guarda e me guardará sempre como à pupila de Seus olhos!..."
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Aroldo Teixeira de Almeida é professor aposentado de Português e Francês do Quadro Próprio do Magistério Paranaense. Bacharel em Teologia Sistemática pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, da Capital paulista.
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