sábado, 23 de janeiro de 2016
SER CRISTÃO - continuando...
Um dos significados do "ser cristão":
Seguir a Jesus Cristo, viver e morrer de maneira verdadeiramente humana no mundo de hoje - na alegria e na tristeza, na vida e na morte sustentada por Deus e prestativa a homens e mulheres.
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Por que ser cristão?
Permita-me o benévolo leitor que eu responda de forma direta:
Ser cristão para ser verdadeiramente homem e mulher.
E o que significa isto?
Não ser cristão à custa do ser homem e do ser mulher.
Mas também, acrescento:
Não ser homem ou mulher à custa de ser cristão ou cristã.
Nada de ser cristão ou cristã à custa do ser cristão ou cristã ao lado, acima ou abaixo do ser homem ou ser mulher. O cristão ou a cristã não deve ser um homem ou uma mulher, fracionados.
O ser cristão não é, portanto, uma superestrutura ou subestrutura do humano, dos outros humanismos, pois estes apresentam algumas características:
- são afirmados, na medida em que afirmam o humano;
- são negados , na medida em que negam o ser cristão, o próprio Cristo;
- são superdimensionados, na medida em o ser cristão pode abranger totalmente o humano e o tipicamente humano em toda a sua negatividade, e isto significa: os cristãos não são menos humanistas que todos os outros humanistas. Mas consideram o humano, o verdadeiramente humano, o homem e a mulher e seu Deus, a humanidade, a liberdade, a justiça, a vida, o amor, a paz, o sentido, a partir desse Jesus que para eles é a "norma concreta" - o Cristo.
A partir dEle pretendem poder esposar não qualquer humanismo que, simplesmente afirme tudo o que é verdadeiramente bom, belo e humano. Mas um "humanismo" verdadeiramente "radical" que possa integrar e levar a cabo também o "não-verdadeiro", o "não-bom", o "não-belo" e o "não humano". Não só o que é positivo, mas também - e aqui se decide o valor do humanismo - o negativo, o próprio sofrimento, morte e absurdo.
Em resumo:
O seguimento de Jesus leva homem e mulher, também no mundo de hoje, não apenas a "agir", também a "sofrer", não apenas a "viver", mas também a "morrer" de modo verdadeiramente humano.
Para eles ainda brilha um sentido até mesmo onde a "pura razão" deve capitular, até mesmo na miséria e culpa mais absurdas: porque também aqui - tanto no positivo como no negativo - eles se sabem "amparados por Deus".
A Fé em Jesus Cristo traz o dom da paz com Deus e consigo mesmos, apesar de não apagar os problemas do mundo e da sociedade.
Esta Fé torna homem e mulher verdadeiramente humanos, porque verdadeiramente co-irmãos, "prestimosos aos homens e mulheres; abertos sem restrição (no serviço, na renúncia, no perdão) justamente ao outro que dela necessita, ao "próximo".
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Aroldo Teixeira de Almeida ´bacharel em Teologia Dogmática e Direito Canônico pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, da Capital paulista.
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