Nossa prece, na Semana Santa, não pode ser uma palavra que divide, pois se há quem nela creia e nela se apóie, há muita gente que considera a prece um capítulo superado!
Todos nós fazemos nossas preces, no sentido de manifestarmos a Deus nossos desejos mais íntimos e mais profundos.
Que prece poderemos fazer nesta Semana Santa, para além das divisões egoísticas que nos separam dos irmãos e irmãs no lar, no trabalho, na vida social, com que convivemos no dia-a-dia?
Antes de fazermos nossa prece, é preciso que nossos olhos se abram e comecemos pela urgência de superar o próprio egoísmo, sair de nós mesmos e nos dedicarmos, à custa de muito esforço , a procurar que o mundo ao nosso redor, no lar, no trabalho e na vida social, seja um mundo mais justo e mais humano!
Que não deixemos para amanhã: comecemos hoje, agora, sem entusiasmos passageiros; com decisão, firmeza e perseverança!
Que olhemos em volta para descobrir irmãos e irmãs, marcados pela mesma vocação de dizer adeus ao comodismo, à preguiça, e de marcar encontro com todos os que têm fome da verdade, e juraram dedicar a própria vida tentando abrir, através da justiça e do amor, caminhos para a paz no lar, no trabalho, na vida social!
Que o importante para nós seja unir-nos e caminhar, firmes, para o nosso objetivo, lembrando sempre que o tempo corre contra nós!
Façamos, como se fosse nossa, a prece de Francisco de Assis (que, aliás, é também o nome de nosso chefe, na comunidade católica, o Papa Francisco), e seja esta prece o ideal de nossa vida, ao concretizá-la na prática do dia-a-dia:
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Para onde há ódio, que eu traga o amor
Para onde há ofensa, que eu traga o perdão
Para onde há discórdia, que eu traga a união
Para onde há erro, que eu traga a verdade
Para onde há dúvida, que eu traga a Fé
Para onde há desespero, que eu traga a esperança
Para onde há trevas, que eu traga a luz
Para onde há tristeza, que eu traga a alegria
Ó Mestre, possa eu preferir
Consolar, que ser consolado
Compreender, que ser compreendido
Amar, que ser amado
Porque:
É dando, que se recebe
É esquecendo, que se pode encontrar
É perdoando, que se é perdoado
É morrendo, que se ressuscita para a Vida Eterna!
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E a minha prece especial, de todo dia, enquanto eu for vivo:
Se eu pudesse,
na hora mais dolorosa
do sepultamento de minha filha Raquel
quando a sua urna funerária
era colocada túmulo a dentro
eu faria com que pairasse sobre os presentes
uma revoada de andorinhas
lembrando a sua ressurreição NA morte
como é a Fé
que me anima e me mantém vivo até hoje...
Oh! como seria bom
Se eu pudesse!...
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