Em todos os recantos da Terra, dentro de todas as raças, todos os idiomas, todas as religiões, todas as ideologias por mais contraditórias que sejam, sempre haverá criaturas que nasceram para dedicar-se aos outros, para prestar-se ao serviço do próximo, pessoas sempre dispostas a não medir sacrifícios para ajudar de verdade e enfim colocar sua pedra na construção de um mundo melhor e mais humano.
São homens e mulheres ligadas ao meio em que se acham inseridas, mas que se sentem membros de uma comunidade, seja ela qual for, e a esta comunidade fazem a opção de dedicar-lhe o melhor de seus esforços. E, com essa percepção, chegam facilmente ao ponto de encararem como irmãos e irmãs, homens e mulheres de todas as latitudes e longitudes, de todos os climas, de todos os graus de riqueza e de miséria, de todas as diferentes manifestações religiosas e culturais...
Lembremo-nos sempre que Deus tem inúmeras maneiras de distribuir Seus dons. Se fosse um tímido, como os humanos, se se prendesse a julgamentos precipitados e sem base, repartiria Seus dons em doses rigorosamente iguais para todos. Ninguém poderia se queixar: ninguém teria nada a mais, nada a menos. Tudo numerado, etiquetado, registrado, num imenso e incomensurável cadastro divino...
Acontece que isto seria indigno da imaginação criadora do Pai de todos os pais. Seria de incrível monotonia, como se todas as Suas criaturas humanas tivessem o mesmo rosto ou todas as flores tivessem a mesma forma, a mesma cor, o mesmo perfume.
A verdade inconteste é que Deus aceita o risco de parecer injusto aos nossos olhos finitos e contingentes. Ninguém deixa de receber, pelo menos, o indispensável. Há, entretanto, alguns que recebem com largueza estonteante. No caso, falo das verdadeiras riquezas: às riquezas interiores, riquezas do coração. Assim, é certo que haverá pessoas ricas de dons divinos, os privilegiados da Graça Divina, aqueles que chamamos de santos.
Deus muitas vezes nos parece injusto, mas não é. Pede mais de quem recebe mais. Quem recebe mais, recebe em função dos outros. Não é maior, nem melhor, é mais responsável. Deve servir mais. Viver para servir ao seu próximo.
Há talvez quem se apresse em dizer que o seu caso é o de quem recebeu apenas o essencial, e reclama porque percebe que alguém recebeu mais do que ele. Mas o que importa não é pesar, medir, contar os dons recebidos. Não é ter recebido muito ou pouco. O importante é a firme decisão interior de corresponder ao máximo pelo dom recebido, e de servir aos irmãos.
Deus, pensando em todos, chama de maneira especial alguns para serem cocriadores com Ele. Deus os faz caminhar, a pular no escuro, a caminhar. Prova-os, através de sacrifícios terríveis. Mas os sustenta, os encoraja. Dá a eles a missão arriscada de ser instrumentos de missões divinas. Encarrega-os de ser presença discreta na hora decisiva das opções. Torna-os sinais da presença de Deus, quando surgem as provações.
Sabemos pela Bíblia que Abraão foi chamado por Deus. Não vacilou nem por um instante. Partiu. Caminhou. Enfrentou provações dificílimas. Aprendeu à própria custa, a despertar irmãos, em nome de Deus. A chamar, a encorajar. A colocar em marcha...
Abraão recebeu muito? Respondeu muito. Respondeu ao máximo. Serviu integralmente ao plano de Deus e aos seus irmãos humanos.
Nada impede que cada um de nós, independente de raça, de cor, de condição social ou de religião, corresponda aos desígnios de Deus, esteja onde estiver, mas sempre consciente de que tem uma missão no mundo, que é servir desinteressadamente a todos quantos com quem convive no seu dia-a-dia.
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A minha prece diária, de todas as horas, de todos os instantes:
Se eu pudesse
na hora mais dolorosa
do sepultamento de minha Raquel
quando a sua urna funerária
era colocada túmulo a dentro
eu faria pairar sobre os presentes
uma revoada de andorinhas
testemunhando
a sua ressurreição NA morte
que é a Fé que me anima
e me mantém vivo até hoje
Oh! como seria bom
Se eu pudesse!...
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A minha prece diária, de todas as horas, de todos os instantes:
Se eu pudesse
na hora mais dolorosa
do sepultamento de minha Raquel
quando a sua urna funerária
era colocada túmulo a dentro
eu faria pairar sobre os presentes
uma revoada de andorinhas
testemunhando
a sua ressurreição NA morte
que é a Fé que me anima
e me mantém vivo até hoje
Oh! como seria bom
Se eu pudesse!...
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