terça-feira, 21 de maio de 2013

VINDE, SENHOR JESUS!



      Os cristãos deste século querem pão, pão verdadeiro, que os sacie; querem água, água verdadeira que lhes estanque a sede; querem luz, a luz da verdade, que não se apaga. Querem ouvir a Palavra divina, simples, poderosa, indo até à junção do espírito e das medulas.
      Essa Palavra de Deus é Jesus Cristo, o Verbo Encarnado.
      Lembro-me até hoje que no ano de 1963, estudante de Teologia na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, na capital Paulista, eu passava os domingos, com um grupo de colegas estudantes, numa das maiores favelas de São Paulo, a favela da Vila Prudente, em trabalho de evangelização.
    Num certo mês, comecei a explicar o Evangelho de São Mateus ao meu público, uma centena de adultos, homens, mulheres, e grande número de jovens. A partir da terceira aula, o  sacerdote que nos acompanhava e orientava nos disse que o número de ouvintes duplicou, e que houve até conversões. É que se falou de Jesus Cristo. Bastava pensar nEle!
     A Igreja Católica, por esse tempo, restabeleceu a Vigília Pascal. As igrejas ficavam cheias; os fiéis cantavam, ajoelhavam-se, deixavam o respeito humano à porta; rezavam e meditavam o Evangelho. Saíam da igreja com a certeza de terem vivido um novo "batismo". A razão é muito simples; falava-se a eles da ressurreição de Cristo, pedia-se que se associassem a Ele, na fé batismal.
     Aqueles homens, mulheres, jovens, da favela, acreditaram na Palavra. Sem o saber. Diante de Jesus Cristo, surpreenderam-se crentes. É que se falava de Jesus Cristo. Bastava pensar nEle!
      O centro de nossa pregação deve sempre ser a pessoa de Jesus Cristo. É nEle que a Igreja pede que se creia. Em mais ninguém. Porém, com Ele, nEle, no Pai e no Espírito Santo.
      Também os meus ouvintes da favela da Vila Prudente, depois de muitos rodeios, pareceu-me que se convenceram de que bastava pensar nEle. Na verdade, a finalidade do trabalho dos jovens estudantes de Teologia, na favela, era despertar na população favelada a necessidade de em todo tempo, em todo dia, em toda hora, repetir sempre, no mais íntimo da alma: - "Vinde, Senhor Jesus!"

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