sábado, 11 de janeiro de 2014
E POR FALAR EM ABRAÇOS!...
Abraçar!
O abraço pode tornar-se uma prece em favor da união de todos em torno de um objetivo comum. Há tanta divisão na Terra: entre entre esposos que se entediam e, aos poucos, no decorrer do casamento, se tornam estranhos dentro da mesma casa.
Entre pais e filhos, separados pela mais grave crise entre gerações.
Entre irmãos, filhos dos mesmos pais. Entre vizinhos no seio da mesma comunidade. Entre classes sociais que se atritam. Entre partidos políticos, choques e divisões dentro dos diferentes Países, entre Países contra Países, e até divisões entre Continentes...
Você, benévolo leitor, quando abraçar alguém, experimente abraçar pedindo a Deus entendimento entre homens e mulheres, aproximação maior entre os filhos do mesmo Pai de todos os pais!
Em nossas igrejas, durante a Santa Missa, no momento de se rezar o "Pai Nosso" há o belo costume de todos se darem as mãos... Claro que não basta dar as mãos, abraçar... Estes gestos são "sinais", e os sinais valem na medida em que envolvem o compromisso de viver as realidades que eles significam...
Talvez seja pensando na união fraterna entre homens e mulheres de todas as raças, que eu me lembro de minha infância, em Poços de Caldas, - sul de Minas - quando à noite, à luz dos postes de iluminação pública, as crianças do bairro se uniam para cantar aquelas belas e hoje nostálgicas cantigas de roda que tanto nos encantavam. E as "ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar!"...
É por isso que até hoje eu sonho com o impossível de uma imensa "Ciranda" em redor do Mundo, para além, muito além dos racismos que envergonham a Humanidade. Para além, muito além, das divisões, choques armados entre facções rivais, e até guerras entre Religiões, que para mim constituem um insulto ao Deus que é Amor... Para além, muito além, dos egoísmos individuais, egoísmos de classes sociais, egoísmos entre nações ditas desenvolvidas e nações emergentes...
Homens e mulheres conseguem cavar fossos tão profundos que eles próprios não conseguem cobrir. Homens e mulheres se dividem e se agridem, e a união entre povos se torna ainda mais difícil, porque há muitos interesses envolvidos nesses embates, que quase sempre terminam em sangrentas guerras!
Cirandar! Abraçar!
Voltemos ao início do texto. Se o benévolo leitor acha que estou sonhando demais, tomo a liberdade de lembrar que o Espírito de Deus soprou ao profeta Isaías audácias incomparavelmente mais absurdas, do que estas minhas modestas intuições. Palavras do Profeta:
o lobo e o cordeiro comerão no mesmo pasto;
o leão comerá palha com o boi;
a pantera dormirá, lado a lado, com o cabrito;
a criança enfiará a mão no ninho dos escorpiões...
O mais espantoso é o anúncio de que as espadas e os canhões serão misteriosamente transformados em arados e charruas...
E, neste ponto eu, que sou um otimista inveterado, me arrisco a alguns apelos aos homens de boa vontade:
Abracemo-nos todos, como prenúncio dos dias de paz anunciados pelo Profeta.
Visionários que somos, homens e mulheres de esperança, visionários, sonhadores, nós todos que teimamos em proclamar que o ódio não será a palavra final, e que a morte será por seu lado também ferida de morte, abracemo-nos!
Filho de Deus que Te fizeste Homem, Irmão dos homens, de todos os homens, abraça Céu e Terra, abraça os Continentes, as Raças, as Religiões, os Povos em luta...
Tu vieste unir. Portanto, envolve-nos a todos em Teu abraço de Amor e de Paz. Amém!
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Aroldo Teixeira de Almeida - bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, Capital.
profatalmeida@gmail.com
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Todo tipo de abraço é importante, é muito bom, principalmente o abraço bem apertado, quando sentimos o coração da outra pessoa,...
ResponderExcluirQuerido mestre, grande abraço e bem apertado. beijos...