quinta-feira, 29 de novembro de 2012

E POR FALAR EM SORRIR...


      Sorrir! É tão importante sorrir, dependendo da profundidade e da origem do sorriso.
      Os pais, pai e mãe, verdadeiramente pais na plena acepção da palavra, aguardam, com ansiedade, o primeiro sorriso do filhinho, como minha esposa e eu aguardávamos, impacientes, o primeiro sorriso de nossos filhos, o Carlos, o Júlio, o Aroldo, e a Raquel, ela agora já na Casa do Pai de todos os pais.
      O eventual e compreensivo leitor deste blog com toda certeza sabe que sorrir é próprio do ser humano. O macaco, tão imitador do homem, não sorri... Minha neta Isabela tem em casa um cachorrinho de estimação que sabe manifestar sua alegria sorrindo a seu modo, isto é, balançando a cauda...
      Na frase inicial falei da importância de medir a profundidade e a origem do sorriso. Não merece o nome de sorriso o entreabrir artificial dos lábios, só para ser amável com os frequeses,  com as visitas de pessoas importantes, ou com os amigos convencionais do dia a dia.
      Não merece o nome de sorriso o entreabrir de lábios que costuma acompanhar a ironia, gozando a  perversidade que deve ter atingido o alvo, gozando a malícia que deve ter feito alguém sofrer...
      Sorriso, sorriso mesmo, verdadeiro, vem de dentro. Traduz alegria, compreensão, amor e paz.
      O sorriso, o riso e a risada são irmãos. O riso é mais aberto, mais ruidoso, mais festivo.  Quando o meu time do coração, o Coritiba, faz um gol contra o Atlético, não é suficiente sorrir: explode o grito de surpresa, de alegria, seguido de boas risadas de felicidade...
      Sorri minha esposa, a Cida, quando preparou uma sobremesa gostosa para mim e nossa neta, a Isabela, sabendo que apreciamos seu bom gosto de cozinheira, sua boa vontade e seus dotes de perfeita mestra na confecção de seus temperos...
      Sorri o operário que executa, com rapidez e segurança, o trabalho que lhe foi confiado, e se vê encorajado pelos olhares de aprovação de quem lhe contratou os serviços.
      Quem já acompanhou o sorriso de um casal de namorados, que se acham em pleno êxtase de seu amor?  Ele pode mostrar não importa o quê, ela pode responder seja lá o que for; mas tudo é pretexto para mais risos e sorrisos por assim dizer celestiais.
      As más línguas dizem que é mau sinal andar pelas ruas falando sozinho... Isto eu não faço, mas confesso que sorrio muito sozinho, quando caminho pelas ruas e praças de Curitiba.. - Quando tudo está em paz em casa, quando minha neta Isabela chega feliz do colégio dizendo que recuperou a nota de Matemática, quando o jardim de minha mulher se abre em flores que poderiam participar de exposição em qualquer planeta, quando a luz se despede do dia e nos convida para o repouso noturno, quando encontro uma senhora grávida e fico imaginando na criança que vai nascer e mais tarde assistir a prodígios incomparavelmente maiores do que a energia nuclear e as viagens espaciais e, muito especialmente, quando encontro sinais visíveis da ação do Pai de todos os pais em nossa vida,  então eu não me contenho, e sorrio, sorrio!
      Portanto, compreensivo leitor que agora me lê: mesmo que não goste do que escrevo, desamarre seu rosto. Não pense que cara feia vai melhorar meu texto. Cara feia, para o povão, não é tanto falta de beleza; é cara enjoada, enfezada, de poucos amigos...
      Não ranja os dentes. Não tranque os lábios. Deixe que eles se abram felizes, sorrindo para tudo e para todos, para homens e mulheres e, principalmente, para Deus!

Um comentário:

  1. "Não ranja os dentes. Não tranque os lábios. Deixe que eles se abram felizes, sorrindo para tudo e para todos, para homens e mulheres e, principalmente, para Deus!"

    Muito bom...
    Um abraço.

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