segunda-feira, 5 de novembro de 2012

 


                                  
                               VOLTAR AO PAI



       Nesta nossa vida terrena, uma coisa é importante acima de tudo mais: "voltar do Pai". Os Evangelhos nos dizem que o Filho veio ao mundo e morreu por nós, ressuscitou e subiu para o Pai. Enviou-nos o Espírito Santo para que nEle e com Ele pudéssemos voltar ao Pai.
       Sim, para que pudéssemos passar completamente para além da névoa que tudo que é transitório, contingente e inconclusivo: voltar ao Eterno, à Fonte, Àquele que conhece, ao Misericordioso, ao Santo, Àquele que é tudo.
 
       Preocupar-nos, procurar algo fora deste objetivo, é loucura e enfermidade, parodiando o apóstolo Paulo.
 
       Voltar ao Pai é o sentido pleno, e o cerne de toda a existência humana.  E é nisso que todos os encargos de nossa videa e todas as necessidades do mundo, dos homens e das mulheres, tomam seu sentido certo e definitivo. Tudo aponta para essa grande e única volta à Fonte, onde tudo teve o seu início.

      Toda a meta que não é fim último, todo o "fim da linha", que podemos ver e planejar como "fim" ou "fins", são simplesmente absurdos, porque estas coisas nem têm um início palpável e seguro. A "volta" de que falo é a volta para além de todos os fins e o início definitivo de todos os inícios.
 
      O "retorno ao Pai" não é um "voltar" no tempo, não é colocar de lado o livro da História, nem reverter o modificar seja lá o que for. Este retorno significa seguir adiante, ir além.  Retroceder pelo mesmo caminho seria vaidade acrescentada a mais vaidade, - renovação do mesmo absurdo em sentido inverso.
 
      Nosso destino  de cristãos, abertos aos desejos do Pai, é seguir para além de tudo, deixar tudo para trás, visando atingir o Fim e encontrar, neste Fim, nosso Princípio, o Princípio sempre novo que nunca terá fim.
 
      Obedecer-lhe em nossa jornada neste mundo, trilhar conscientemente e cheios de esperança o caminho para alcançar Aquele em quem tivemos início, porque Ele é a chave e o fim de toda a nossa existência, porque Ele é também o Princípio de tudo o que somos e que devemos ser. 
 

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